Softly

A perspectiva sob o ponto de vista de uma mulher em que o amor pode tornar-se cruel e o sexo...doce.

19 setembro 2007

O telefone tocou


Estava eu a acabar o meu banho relaxante quando ouço o telemóvel a tocar na sala. "Quem seria àquela hora?" Hoje não tenho tido um minuto de paz. Decidi deixá-lo tocar. Quando o toque parou saí da banheira e lentamente pus os meus cremes no corpo, fiz a massagem aos pés, enxuguei o cabelo com o secador e lavei os dentes. Tinha acabado de me sentar no sofá e ligado a tv quando o telemóvel se pôs aos saltos em cima da mesa. Fui ver quem era mas não reconheci o número e atendi.

- Estou?
- Sim! Sou eu o Nuno!
- O Nuno? - "Mas que raio queria ele agora? Que seca!"
- Sim. Estás mesmo cheia de sono. O Artur?
- O Artur?
- Estás a brincar comigo?
- Desculpa?!?!?- "Ele é que devia estar a gozar comigo. Granda lata!"
- Está bem. Já sei o que queres!
- Sabes? Olha lá...
- Posso dizer-te que a tua amiga Ana é uma parva...
- Como?!?!?!- "Isto vai ser interessante pensei eu a sorrir. O gajo julga que está a falar com a Rita. Vou deixá-lo falar à vontade e vamos ver o que sai daqui."
- Já sei como vocês mulheres são...se está a pensar fazer algum arranjinho...tira daí o cavalinho da chuva...que nunca conheci mulher mais idiota que a tua amiga! Por isso escusas de pensar que daqui vai sair namorico que isso está completamente fora de questão...
- (...)- "Este gajo não existe!"
- E digo-te mais...uma mulher daquelas...bom...não me excita...percebes? O Artur?
- Olha querido... O Artur deve estar neste momento com aquela com quem pensas que estás a falar.
- O quê?
- (...) - "Estupor! Não o excito? Então o que é que ele esteve a fazer à bocado que nem queria sair daqui de casa? Cabrão! E que raio de conversas são estas para a Rita?"
- Eu...ergh...quem está ao telefone?
- Não adivinhas?- "e depois a idiota sou eu!!!!
Desligou o telefone na minha cara. Nem teve o discernimento de pedir desculpa. Calha-me cada um!!!"



Etiquetas:

08 setembro 2007

Encrenca...


-Ergghh...ahhhh....- grunhi eu sem saber como sair desta encrenca.
-Que coisas de mulher tens tu? O período não é...senão já me tinha apercebido...
-Eu...desculpa...mas vais ter que ir! - balbuciei eu.
-Não queres continuar? Estávamos tão bem...-insistiu ele.
Decidi sair da porta da casa de banho e conversar com ele olhos no olhos...e dizer-lhe que não me apetece mais...pronto!
-Olha Pedro.
-Nuno...
-O quê?...ahhhh sim! Eu...não...hemm...hãaaa...tu...tou com uma dor de barriga. Aflitinha! Quando começo assim...não saio da casa de banho...Já conheço os sintomas...deve ter sido alguma coisa que comi na festa!
-Ahhhh...já podias ter dito! Mas à bocado estavas boa...
-Pois...esta sensação começou agora...
-Ahhh...então foi depois de te vires? Vieste-te e começou a dar-te uma dor de barriga?-perguntou ele intrigado pondo a cabeça de lado para olhar para a zona do ventre.
- Sim...mais ou menos isso!
- Mas isso dá-te muitas vezes?
- O quê?...
- A dor de barriga! Quero dizer se já conheces os sintomas...é porque tens isso de vez em quando!
- Sim. De vez em quando algo me cai mal. Sei lá!
- Hummmm...devias ir ao médico! Eu tenho um amigo que conhece um médico muito bom. Se quiseres posso...
- Não. Não é preciso! Já ando medicada!
- Ahhh...então não é melhor ires tomar qualquer coisa?
Olhei para ele quase desesperada. Ou ele é parvo ou está a fazer de mim parva. O pior é que agora não podia sair daquela história assim sem mais nem menos. Eu só queria que ele se fosse embora.
- Olha, Paula...
- Ana...
- Ahhh sim...Ana! - disse ele com um sorriso retorcido.- Dá-me o teu número de telefone...que eu vou telefonar-te amanhã para te dar o número do médico!
- Não é preciso a séri....
- Porque pelos vistos a medicação que estás a tomar não te está a fazer nada mulher! - falou ele mais alto interrompendo-me.
Encolhi os ombros. E fiquei calada. Que estúpida! Podia ter-lhe dito que não me apetecia. Este gajo é chato, agora não me vai largar.
- Vá lá, dá-me o teu número de telefone...não saio daqui sem ele...- disse ele pegando num pedaço de papel e numa caneta e ficando à espera que eu o dissesse.
- Está bem! O número é 945 346 748.- disse eu contrariada.
- Podes ficar à espera que, dentro de dois ou três dias, dou-te o número do médico. É muito bom!- Ele sorriu agradado por poder ajudar.
Eu fiquei meio constragida mas acabei por lhe sorrir também. Ele despediu-se e foi-se embora. Agora ia-me telefonar para me dar o endereço de um médico do qual não tenho necessidade ou então...fica com o número para me telefonar. Raios partam esta porra. Enfim!

By Ana