Softly

A perspectiva sob o ponto de vista de uma mulher em que o amor pode tornar-se cruel e o sexo...doce.

19 dezembro 2006

O banho

(Continuação)
Estava mesmo cansada. O que me sabia bem naquele momento era um bom banho, um pouco de sofá e cama. Quando cheguei a casa foi o que fiz. Fui preparar metodicamente um banho relaxante. Deixei a água a correr enquanto tirava roupa. Acendi três velas aromáticas e preparei um copo de vinho tinto. Fui buscar o meu roupão de cetim e pu-lo pendurado na porta. Despejei os sais, tirei a minha roupa interior e comecei o meu ritual para entrar na água. Pus lentamente um pé dentro da banheira e à medida que a perna o seguia ia sentindo a água a massajar-me a pele. Pus a outra perna muito lentamente para a sensação perdurar. Ai que bom! Sentei-me e depois deixei o corpo escorregar um bocadinho de forma a ficar só com a cabeça de fora. Enquanto beberricava o vinho os pensamentos fluíam para o Nuno. A maneira como o tinha conhecido…na casa de banho e depois como me tinha ajudado com o furo. Na casa de banho tinha sido tudo tão rápido e a maneira como ele se tinha ido embora não tinha sido, na minha opinião, a mais correcta…e depois…a surpresa de se mostrar tão…tão…diferente. Parecia que tinha conhecido duas pessoas diferentes. E como me lembrava do corpo dele. Com um joelho por terra a fazer força para tirar os parafusos da jante. Os braços a retesarem e os bíceps a sobressaírem. O Nuno era um rapaz com cabelo e olhos castanhos. Não era muito magro nem muito gordo. Tinha cerca de 1,80 m de altura e era rapaz para ter cerca de 35 anos. Pena que na casa de banho o seu desempenho não tenha sido satisfatório para os dois. Mas talvez valesse a pena ensiná-lo…a esperar.
O meu corpo relaxava na água quente e o vinho, que já tinha acabado, começava a descontrair-me. Com os olhos fechados via os lábios do Nuno a dirigirem-se para o meu pescoço. Sentia as mãos dele a explorarem o meu corpo e imaginava os lábios dele a tocarem nos meus num beijo mais quente, mais macio com sabor a…chocolate. As minhas mãos faziam todos os movimentos que as mãos do Nuno deviam ter feito. Acariciei-me. A mão direita passava pelo meu ombro esquerdo e as pontas dos dedos percorriam a clavícula. Suavemente desci a mão até ao seio e agarrei-o. Os mamilos já estavam duros e os dedos perderam-se em movimentos suaves e circulares. Já não ia parar. Já estava demasiado excitada para parar. Desci a mão até ao monte-de-vénus e delicadamente massajei-me, deixei um dos dedos explorarem-me e quando começava a sentir um calor a percorrer-me um corpo e os meus movimentos começavam a acelerar …tocou a campainha!
Ignorei e continuei. A campainha continuou a tocar.
- Mas que raios! Isto hoje não me está a correr bem! Quem é que está a tocar-me à campainha a esta hora? – resmunguei eu.
Já estava desconcentrada mais valia ir ver quem era. Levantei-me bruscamente, pus o roupão em cima da pele molhada e fui até à porta. Espreitei pelo pequeno vidro circular e vi …o Nuno. Abri a porta e sorri. E ele ficou ali especado sem dizer uma palavra a olhar-me de alto a baixo.
- Não era para hoje! – disse-lhe eu.
- Desculpa? – perguntou ele atrapalhado.
- Eu disse que era para um dia destes. Não era hoje! – expliquei.
- O que é que…ahhhh...falas do copo…não…não vim cá para isso! – disse ele coçando a cabeça.
- Ah não? Então? – Perguntei eu levantando o sobrolho.
- Ah sim…foi para te dar a tua chave de parafusos. – respondeu ele pouco à vontade – levei-a à pouco por distracção.
- Aminha…-comecei eu olhando para a mão dele, que me entregava a chave.
- Pode fazer falta, nunca se sabe. Amanhã podes ter outro furo.
- Ahhhhhh! Como soubeste onde eu morava?
- Perguntei ao Artur e ele à namorada!
- Ok! Obrigada então!
- De nada!
Ficámos os dois especados a olhar um para o outro sem saber que dizer mais. Eu não o queria pôr na rua. Não queria ser indelicada. Não depois de todo trabalho que ele tinha tido. Ele deu um passo na minha direcção.

Ver Versão de Nuno
(continua…)

By Ana

16 dezembro 2006

Amabilidade!

(Continuação)

Depois de me despedir das minhas amigas e do Artur, o aniversariante, entrei no carro e saí dali. Liguei o rádio mas não consegui ouvir qualquer música tal era o ruído que os meus pensamentos faziam. Estava cansada, os pés doíam-me e estava com raiva de mim mesma por deixar que as coisas fossem assim tão fáceis, para um homem. Saquei de um cigarro, bati com ele na caixa e acendi-o. Que estúpida que fui! Mas que se passa na minha cabeça? Nada! Não tens nada na cabeça mulher! – pensei eu. Isto está pior do que penso! Só com uns beijitos e fiquei logo pronta para…e agora? Agora é esquecer e passar adiante!
Ia consumida entre pensamentos de culpa e pensamentos de libertinagem quando ouvi um ruído seco seguindo de um persistente de metal a roçar no asfalto e não sei porquê imaginei o carro a desfazer-se, peças a saltarem...tive receio que o meu carro fosse explodir e encostei. De onde vinha aquele barulho? Parecia vir de trás. Ufa. Não era no motor logo não ia explodir. Mais aliviada sai do carro e fui inspeccioná-lo…um furo na roda traseira direita. BONITO! Agora como é que me desenrasco?
Olhei para os condutores dos outros carros que passavam mas nenhum fez o mínimo sinal de que ia abrandar para ajudar uma mulher em dificuldade.
- Oh raios! – disse eu em voz alta para ninguém – isto não deve ser muito complicado! Acho que tenho ali um livro de instruções! Fui ao porta-luvas do carro, tirei o livro e pelo índice cheguei a mudança de pneus.
- Hum! Ora bem! Tirar o macaco… – Abri os olhos para ver melhor o desenho. – Macaco? Onde será que isso está? Debaixo do tapete…- Abri o porta bagagens e quando ia a levantar o tapete parou um carro à frente do meu. – Ai que bom…ajuda, finalmente! – Pensei eu.
- É melhor pôr primeiro o triângulo…e depois ponha o colete que eu ponho o meu! - ordenou o condutor do outro carro.
Eu estava de boca aberta. Era o Nuno. Tinha parado para me ajudar. Ele riu-se quando me viu com o livro na mão. Ia para o mandar embora mas olhei para o furo e lembrei-me que podia desenrascar-me sozinha mas iria levar muito tempo...se é que conseguia de todo…e cansada estava eu! Aceitei a ajuda e fiz o que ele tinha acabado de dizer. Triângulo, colete, macaco, roda. Observei com atenção o que ele fazia para não me ver numa situação idêntica sem pelo menos saber como o fazer sem a ajuda do livro.
- Isto não é muito difícil. É preciso uma certa força para desatarraxar os parafusos e voltá-los a apertar bem…mas de resto…- disse ele conciliador fazendo um trejeito com a cabeça.
Eu sorri. Que mais podia fazer? Ele estava a ser de grande valia e num instante tinha feito o que eu demoraria umas duas horas a fazer. Depois dele acabar dei-lhe um lenço de papel para ele limpar as mãos e agradeci-lhe. Ele sorriu-me, olhou-me nos olhos e respondeu: de nada, temos que nos ajudar uns aos outros. Foi, talvez, a maneira como o disse...de repente ele não me pareceu tão palerma como o tinha achado antes.. Num impulso disse-lhe que tinha que lhe pagar uma bebida um dia destes! Para compensar a tua amabilidade!
-Sim claro, eu iria gostar muito! Mas agora tenho de ir! Precisas que te acompanhe a algum lugar?
-Não obrigada! Agora já me desenrasco! Obrigada!
-Então vou nessa…Xau!
- Xau! – respondi eu sem saber que mais dizer e deixando-o afastar-se.
Ele tirou o colete dele entrou no carro e partiu. Eu fiz o mesmo, liguei o motor e fui direitinha a casa. Os sentimentos de culpa que me tinham assolado anteriormente tinham desaparecido. O rapaz até era simpático.
(Continua...)
By Ana

14 dezembro 2006

Como um coelho...

(continuação)

Eu ri-me com gosto. Ele estava nitidamente a meter-se comigo por causa daquela cena do chocolate. E veio imediatamente ter comigo. Sentou-se quase encostado a mim e a primeira coisa que senti foi um leve cheiro a perfume. O hálito dele cheirava a mousse e bebida. O normal neste tipo de convivio. Reparei que ele tinha uns dentes perfeitos que lhe conferiam um sorriso bonito e sedutor.
- Queres lamber? Perguntou ele divertido - é chocolate e já está derretido!
- Não obrigada eu gosto mais de senti-los a derreter na boca!
- Ai é? E é só de chocolate que gostas de sentir na boca?
- Desculpa? – o gajo é parvo, nem faz conversa de circunstância já está com ordinarices, pensei eu.
- Não gostas de gelados, mousse…? – disse ele quase esfregando-me com os dedos todos sujos à frente da cara.
- Gosto. Também gosto de mousse… - respondi eu para despachar a conversa mas ele não percebeu e insistiu: - Eu também gosto de lamber!
Olhei para ele sem saber se lhe havia de pregar um estalo ou ignorar, mas se ele queria estar com parvoíces…eu também sabia dar o troco ao engraçadinho.
- Nota-se! E de chupar também gostas?
- Depende do que se chupa! – respondeu ele e eu fiquei a pensar se não era melhor parar por ali a brincadeira...que isto há gajos que nunca se sabe...e fiquei calada. Podia ser que ele se constrangesse e se fosse embora. Quando dei por isso estava ele agarrado à minha boca com a língua a explorar-me os dentes. Nem beijar sabia. Pensei que o melhor era sair dali antes que as coisas se descontrolassem e eu lhe desse umas galhetas valentes naquela cara de parvo! Afastei-o, olhei para ele com desprezo para ver se o gajo se tocava e fui em busca do meu casaco. Estava na hora de sair daquela festa. Por causa da dança (ou tentativa) tinha transpirado e depois tinha bebido muitos líquidos…resultado…antes de sair tinha que ir à casa de banho. Quando ia a fechar a porta ele entrou e começou a dar-me beijos só que desta vez no pescoço:
- Estás parvo? – perguntei-lhe sem grande convicção. O gajo podia não saber dar um french kiss mas estava a pôr-me doida com os beijos no pescoço. E eu não resisti. Ele começou a descer com a boca e cheio de desejo começou a beijar-me os seios. A luxúria apossou-se do meu corpo e comecei a ficar excitada. Encostei-me à parede, pus-lhe as mãos no rabo, puxei-o contra mim e senti-lhe o membro duro. Fiquei ainda mais excitada e enquanto ele me introduzia os dedos eu abria-lhe o fecho. Estava tão cheia de desejo por ser possuída que agarrei-lhe no pénis e introduzi-o em mim. Senti-o. Mas a tesão começou a passar. Abri os olhos e pensei: mas o que é que este gajo está a fazer? Parece um coelho! E foi. Quando dei por isso já ele tinha acabado e não tinha esperado por mim: Já está? – perguntei-lhe eu com uma réstia de esperança que ele voltasse.
- Sim! – respondeu ele enquanto se lavava.
Estava capaz de lhe bater. Nem sequer olhou para mim. Nem quis saber se EU já terminara. Nada. Saiu com um sorriso idiota na cara.
- Imbecil! – disse eu quando ele fechou a porta atrás dele. Espero nunca mais cruzar-me com ele. Que sexo tão mau!

(Continua…)

13 dezembro 2006

Chocolate!


A primeira vez que o vi…não o vi realmente! Foi-me apresentado por um amigo em comum e eu nem liguei…nem sequer reti o seu nome.
Estava sentada numa esplanada a tomar um café com uma amiga quando o namorado desta aparece acompanhado de outro tipo.
- Olá tas boa?
- Estou e tu?
- Também. Este é o Nuno! Nuno, esta é a Ana!
- Prazer! - disse eu com um sorriso amarelo nos lábios sem sequer me levantar para o cumprimentar.
- O prazer é meu!
O diálogo do costume. Eles sentaram-se e eu, desertinha, para contar uma cena à minha amiga só desejava que eles se fossem embora. Instalou-se um silêncio um pouco embaraçante.
- Não queres ir até à Beira Tejo? – perguntei eu indelicadamente à minha amiga.
- Não, agora não me apetece! – respondeu ela abrindo muito os olhos dando a entender que era má educação sair assim.
“Raios a partam!” pensei eu. Virei-me ligeiramente para ela e comecei a dizer banalidades só para manter algum tipo de diálogo. Foram pedidas bebidas para os recém chegados e depois de uma conversa trivial eu continuei a falar com a minha amiga e os dois rapazes conversaram entre eles. A coisa ficou por ali.
Mais tarde, numa festa de aniversário estava eu em plena cavaqueira com mais duas amigas e o Nuno chegou-se perto de nós e perguntou onde andava o Ricardo. Houve uma das minhas amigas que lhe deu as indicações pretendidas e ele lá foi em busca do Ricardo perdido.
Depois de uma ida à casa de banho com as amigas voltamos para a festa e sentámo-nos numa mesa (bom…não foi na mesa mas sim nas cadeiras que a rodeavam) redonda e eu por acaso calhei a ficar de costas para o interior da sala.
Estávamos uma vez mais a falar de coisas banais e eu digo no seguimento da nossa conversa:
- Eu gosto mesmo é de o meter na boca, saboreá-lo…às vezes gosto de lamber…mas a minha preferência é tê-lo na boca e depois engolir tudo! Já experimentaram? É deliciosamente divinal…
Calei-me! Elas olhavam para trás de mim e sorriam matreiramente. Eu voltei-me e vi o Nuno com o Ricardo e mais dois rapazes a olharem para mim espantados, o Nuno estava de boca ligeiramente aberta. Apercebendo-me das palavras que tinha a acabado de dizer…expliquei:
- Eu estava a falar de Chocolate, DE CHOCOLATE! - Frisei eu. – Raios os partam! – Vociferei eu quando eles voltaram para a festa! As minhas amigas começaram a gozar comigo e eu entrei na brincadeira e deixei de pensar mais no assunto.
No final do dia com a festa já quase no final (algumas pessoas já se tinham ido embora) sento-me na mesma cadeira, estava cansada por ter dado alguns pulos numa tentativa de dançar. Isto de um rapariga querer fazer boa figura com salto alto e depois pôr-se aos pulos para dançar não dá. Ficamos com os pés enormes e parece que querem saltar do sapato, de tão inchados.
Estava eu na dita cadeira a olhar distraidamente pela janela quando do outro lado dos vidros vejo um homem a chupar nos dedos. Era o Nuno. Bom...já tinha sentido por uma vez ou outra o olhar do Nuno em cima de mim, numa das vezes cruzei mesmo o olhar com ele e acho que foi quando o vi pela primeira vez. Achei-o…digamos…um rapaz saudável…era atraente…não muito bonito…mas tinha um je ne sais pas quoi.
O Nuno sorria e lambia dos dedos uma substância acastanhada. E estava decididamente a meter-se comigo. Eu sorri e, sem palavras, perguntei-lhe o fazia apontando para as mãos ao mesmo tempo que metia uma expressão interrogadora na cara.
- É mousse…de chocolate! – respondeu ele, aos gritos, do outro lado.
(Continua…)

11 dezembro 2006

Beijo

Gosto deles bem molhados,
Gosto de brincar com a língua e de “chupar” nos lábios do outro deixando-os abrasados;
Gosto de beijar no pescoço sentir o cheirinho da pessoa beijada,
Gosto de ser beijada nas costas e no pescoço e de sentir que sou cheirada;
Gosto de percorrer o corpo da outra pessoa com beijos sem pudor,
Gosto de ser percorrida com beijos pelo corpo com sentimento e ardor;
Gosto de beijar as zonas genitais com beijos de paixão;
Gosto de ser beijada e terminar em explosão;
Gosto do beijo porque gosto…e gosto muito.
Só há um beijo que ainda não dei mas talvez venha a experimentar num futuro...se der…quem sabe não terei ainda um beijo de uma mulher.

Intenção

A intençao é postar o k nao posso postar no outro. E a explicação fica só por isto mesmo porque não sei no que vai dar.