Softly

A perspectiva sob o ponto de vista de uma mulher em que o amor pode tornar-se cruel e o sexo...doce.

14 dezembro 2006

Como um coelho...

(continuação)

Eu ri-me com gosto. Ele estava nitidamente a meter-se comigo por causa daquela cena do chocolate. E veio imediatamente ter comigo. Sentou-se quase encostado a mim e a primeira coisa que senti foi um leve cheiro a perfume. O hálito dele cheirava a mousse e bebida. O normal neste tipo de convivio. Reparei que ele tinha uns dentes perfeitos que lhe conferiam um sorriso bonito e sedutor.
- Queres lamber? Perguntou ele divertido - é chocolate e já está derretido!
- Não obrigada eu gosto mais de senti-los a derreter na boca!
- Ai é? E é só de chocolate que gostas de sentir na boca?
- Desculpa? – o gajo é parvo, nem faz conversa de circunstância já está com ordinarices, pensei eu.
- Não gostas de gelados, mousse…? – disse ele quase esfregando-me com os dedos todos sujos à frente da cara.
- Gosto. Também gosto de mousse… - respondi eu para despachar a conversa mas ele não percebeu e insistiu: - Eu também gosto de lamber!
Olhei para ele sem saber se lhe havia de pregar um estalo ou ignorar, mas se ele queria estar com parvoíces…eu também sabia dar o troco ao engraçadinho.
- Nota-se! E de chupar também gostas?
- Depende do que se chupa! – respondeu ele e eu fiquei a pensar se não era melhor parar por ali a brincadeira...que isto há gajos que nunca se sabe...e fiquei calada. Podia ser que ele se constrangesse e se fosse embora. Quando dei por isso estava ele agarrado à minha boca com a língua a explorar-me os dentes. Nem beijar sabia. Pensei que o melhor era sair dali antes que as coisas se descontrolassem e eu lhe desse umas galhetas valentes naquela cara de parvo! Afastei-o, olhei para ele com desprezo para ver se o gajo se tocava e fui em busca do meu casaco. Estava na hora de sair daquela festa. Por causa da dança (ou tentativa) tinha transpirado e depois tinha bebido muitos líquidos…resultado…antes de sair tinha que ir à casa de banho. Quando ia a fechar a porta ele entrou e começou a dar-me beijos só que desta vez no pescoço:
- Estás parvo? – perguntei-lhe sem grande convicção. O gajo podia não saber dar um french kiss mas estava a pôr-me doida com os beijos no pescoço. E eu não resisti. Ele começou a descer com a boca e cheio de desejo começou a beijar-me os seios. A luxúria apossou-se do meu corpo e comecei a ficar excitada. Encostei-me à parede, pus-lhe as mãos no rabo, puxei-o contra mim e senti-lhe o membro duro. Fiquei ainda mais excitada e enquanto ele me introduzia os dedos eu abria-lhe o fecho. Estava tão cheia de desejo por ser possuída que agarrei-lhe no pénis e introduzi-o em mim. Senti-o. Mas a tesão começou a passar. Abri os olhos e pensei: mas o que é que este gajo está a fazer? Parece um coelho! E foi. Quando dei por isso já ele tinha acabado e não tinha esperado por mim: Já está? – perguntei-lhe eu com uma réstia de esperança que ele voltasse.
- Sim! – respondeu ele enquanto se lavava.
Estava capaz de lhe bater. Nem sequer olhou para mim. Nem quis saber se EU já terminara. Nada. Saiu com um sorriso idiota na cara.
- Imbecil! – disse eu quando ele fechou a porta atrás dele. Espero nunca mais cruzar-me com ele. Que sexo tão mau!

(Continua…)